segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Concurso premia alunos de três escolas estaduais com tablet, netbook e câmera digital

“E-book Tosco Em Ação”. Este é o nome do concurso que alunos das Escolas Estaduais Joaquim Murtinho, Marçal de Souza e Lino Villacha foram convidados a participar este semestre dentro do Projeto TOSCO com a PM. Amanhã, dia 29, será apresentado o produto final, e-book, e premiada uma das escolas, a Joaquim Murtinho. 

O evento acontece as 13h30 na própria escola. A participação do concurso foi de livre vontade dos alunos, onde todos receberam um caderno para escreverem relatos de vida e avaliação da obra. Em cada escola foi selecionado até cinco materiais para compor o e-book. Desses cinco, foi selecionado um de cada escola pelo corpo pedagógico da Editora Alvorada, responsável pelo concurso, para julgar os vencedores.

Os prêmio são um tablet Galaxy de 7", um netbook Accer e uma câmera digital Sansung. A segunda escola a fazer a premiação será a Lino Villacha, já agendada para o dia sete de dezembro, as 09h30.

Premiação Joaquim Murtinho


Além da premiação, serão realizadas outras atividades referentes ao encerramento do Tosco, como a apresentação de um júri popular simulado. Na peça, os personagens do "Tosco" são os réus, julgados de maneira que uma sala fará a acusação e outra a defesa.

No livro, o adolescente "Tosco" enfrenta vários problemas durante sua trajetória, como bulliyng, envolvimento com drogas, entre outros. Cresceu em um lar violento, onde a mãe e o pai eram de um perfil bastante agressivo. Os alunos irão desenvolver argumentos que comprovam a inocência ou culpa da família protagonista. A sala que tiver o melhor desempenho ganha ainda um ponto em todas as matérias.

Segundo soldado Alex Silva, do 9º Batalhão da Polícia Militar, "esse tipo de iniciativa tem vários pontos positivos. Além de estimular o ensino e a pesquisa, exemplifica aos adolescentes o papel da lei e que suas atitudes tem consequências. Além disso estimula e auxilia na aproximação e no diálogo entre eles Polícia Militar".

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Adolescentes da UNEI Dom Bosco gravam Rap de própria autoria


“Dentro desse lar em que você nasceu, logo a violência nele conheceu. Esperança já não existia, a vingança só prevalecia...” Assim começa o Rap criado por meninos da Unidade Educacional de Internação, UNEI Dom Bosco. Um pouco da história própria, um pouco da estória do Tosco, um personagem muito familiar que puderam conhecer na obra de Gilberto Mattje.

Um acontecimento de estímulo e incentivo para o retorno a sociedade. Resultado da união de forças entre Superintendência de Assistência Socioeducativa – SAS, Secretaria de Estado de Educação por meio da escola Evanilda Neres Cavassa e Editora Alvorada, responsável pelo projeto “TOSCO” e edição do livro que leva o mesmo nome.

“O livro aborda ludicamente o leitor, levando-o a auto-percepção. À medida que o jovem percebe os efeitos danosos do seu comportamento e as consequências deste para si próprio, tenderão a rever suas atitudes”, afirma o Mattje.

Após gravarem o Rap, adolescentes se apresentam no próximo dia 30 na festa de encerramento das atividades da Unei Dom Bosco. O evento que está previsto para iniciar às 09 horas, contará com a participação das famílias dos socioeducandos e autoridades.

“O objetivo é despertar nos adolescentes habilidades e competências para sua atuação em sociedade, a partir do tema ‘A educação construindo a paz”, explica diretora da Escola  Estadual Pólo Evanilda, Eliete Barros.

Pesquisa confirma resultados positivos com projeto


Em levantamento feito com 110 dos adolescentes que cumprem medida socioeducativa nas oito UNEIs de Mato Grosso do Sul e que participaram do projeto: 72,5% perceberam em si mesmo uma melhoria de comportamento, como respeito com as pessoas, melhora de conduta em sala e até mesmo gosto pela leitura após terem participado do projeto.

“O livro é importante não só para quem está aqui dentro (UNEI) ler, mas para toda a sociedade perceber que todos podem ter uma segunda chance”, diz uma das adolescentes da UNEI. Esperança de um futuro e melhor e auto-percepção de que eles são capazes de mudar a própria história, são os principais ganhos do projeto.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Alunos da EJA veem no "Tosco" uma ferramenta de identificação para lidar com os filhos

O livro "Tosco", de Gilberto Mattje, aplicado como material didático em algumas escolas do Estado e também nas UNEI's (Unidades Educacionais de Internação) será adotado em todas as escolas da rede estadual de educação em 2012. Agora, o livro é trabalhado também com alunos da EJA (Educação para Jovens e Adultos), da Escola Estadual Pólo Evanilda Cavassa.

O material aborda a questão da violência, uso de drogas e bullyng com uma linguagem que muito se aproxima dos adolescentes, tornando-se uma ferramenta educacional para os professores que abordam o tema de maneira interessante para os jovens. Já no caso dos alunos da EJA, a identificação passa a ser com os personagens adultos que aparecem ao longo história, como os professores e a mãe do Tosco. Como exemplo, as alunas da 1ª fase Maria Luzia e Roseli Braga, ambas ficaram 25 anos sem estudar e agora, com filhos adolescentes, têm obrigações com a família que vão além de garantirem diplomas.


Maria afirma que a história é uma grande lição para a vida. "Tenho uma filha de 14 anos e duas gêmeas de 11. Hoje em dia é muito difícil conversar com os filhos porque os interesses deles são muito diferentes e a linguagem muda a toda hora, são muitas gírias. Desde que comecei a ler o livro com minha filha, consigo orientá-la a partir dos exemplos da trama. Conversamos bastante sobre o que acontece com o personagem", afirma. Roseli compartilha da ideia, e acrescenta: "Tenho um filho de 19 anos e não quero que ele sofra as mesmas coisas. É o medo de toda a mãe. Essas situações de violência estão expostas na mídia todo dia, temos que combater isso com aproximação, diálogo".

O jovem Rodrigo Rodrigues, também de 19, ficou apenas dois anos sem estudar, mas nunca foi um grande interessado pelos livros. Dentro de sala, sua própria conduta acaba sendo um exemplo para os outros alunos, que muitas vezes tem filhos de sua idade. "Eu reprovei um ano e fiquei mais um parado, mas nunca fui de estudar muito. O "Tosco" é o primeiro livro que eu leio inteiro. E foi bom, agora já estou lendo meu segundo, foi uma porta que eu abri", revela.

Para o final do ano letivo, os alunos estão trabalhando na 2ª edição do livro "Conta que eu Conto", um livro de histórias produzido pelos estudantes de todas as unidades da Escola Estadual Pólo Evanilda Cavassa. Além de Campo Grande, a coletânea terá ainda trabalhos de alunos de Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Ponta Porã. Diferente do ano passado, cuja temática foi livre, esse ano o livro será baseado no "Tosco", afirma a diretora da Escola Pólo, Eliete Barros. "Como a receptividade nas escolas foi bastante positiva, iremos abordar todos esses assuntos tratados na obra do Gilberto", afirma Eliete.