* Cristiane Ferreira
Os médicos recomendam que até os seis meses de idade a criança seja amamentada pela mãe. Porém, após esse período, a introdução de novos alimentos e a aquisição de hábitos alimentares saudáveis nem sempre é fácil. Por isso, é necessário que escola e família trabalhem em conjunto para desenvolver um programa de educação alimentar para bebês e crianças pequenas.
Para a educação alimentar ser eficiente, não se deve falar de comida apenas no momento das refeições. Essa conversa deve fazer parte da rotina da criança, em casa e na escola.
Nas escolas de educação infantil, os itens que compõem o cardápio são selecionados por nutricionistas e o preparo dos alimentos deve ser realizado por equipe especializada, dentro de cozinha adequada para esse fim. Professores e berçaristas não participam dessa preparação, mas apenas do momento de servir as refeições, pois é uma atividade pedagógica na qual a criança “aprende” a se alimentar.
Em casa, a alimentação das crianças deve seguir orientação de pediatra ou nutricionista e ser preparada observando-se os cuidados com a higiene.
A estimulação do paladar começa ainda bebê e, a introdução de alimentos mais sólidos, deve ser feita de forma gradual. Isso é geralmente acompanhado por médicos e nutricionistas, que são os profissionais mais preparados para essa tarefa.
Variedade de alimentos também é importante, porém, é preciso dar certo tempo para que o bebê se acostume com um alimento antes de introduzir outro. Exemplo: se está sendo servida batata amassada ao bebê, é recomendável que se introduza chuchu amassado somente na semana seguinte, para que o paladar consiga se adaptar e distinguir um alimento de outro.
Os profissionais que trabalham na escola devem sempre observar as recomendações da família e da equipe que também cuida do bebê (pediatras, nutricionistas, equipe pedagógica da escola, etc.). Não é recomendado inserir alimentos novos por conta própria.
Já para as crianças maiores, vale dizer que o momento das refeições não deve, de forma alguma, ser traumatizante.
É sabido que há crianças que têm dificuldades para comer, pois rejeitam tudo e ficam muito tempo sem alimento. Diante de um caso desses, não é recomendado obrigar a criança comer, “forçando” a entrada da colher em sua boca. Isso pode traumatizá-la e fazer com que ela sinta ânsia.
Recusar alimentos pode ser mais do que um “charme” para chamar atenção. Pode ser sintoma de algo mais sério (algumas doenças podem diminuir o apetite). E, mesmo que a criança não coma para chamar a atenção dos adultos, é porque ela está precisando de atenção e é necessário investigar os motivos.
Se a criança tem dificuldade para comer, isso deve ser trabalhado em casa e também na escola. Os pais podem levar esse assunto para os professores abordarem na sala de aula. Quando escola e família têm o mesmo discurso, a criança sente-se mais confiante. Há casos que será necessária a intervenção de profissional especializado (psicólogo, médico, nutricionista), pois a criança não pode ficar sem comer. Deixar uma criança sem se alimentar pode ter consequências graves para sua saúde.
Também não se deve obrigar a criança a comer algum alimento que não goste. Se nós, adultos, temos nossas preferências, por que as crianças também não podem ter?
O momento da refeição deve ser tranquilo. Não é aconselhável alimentar uma criança que está em pé. Ela precisa estar confortavelmente sentada e a hora da refeição deve ser exclusiva. Existem pais que têm o hábito de colocar comida na boca da criança enquanto a mesma brinca. Então, ela sai andando e o adulto fica indo atrás, com o prato na mão. Isso é totalmente inadequado, pois a criança divide a atenção que deveria dar à refeição com outras atividades, além de não desenvolver sua autonomia para comer, uma vez que o adulto é quem está lhe servindo.
Algumas dicas importantes:
- Pais e professores podem programar atividades divertidas com seus filhos/alunos usando frutas e legumes, como um piquenique de frutas, teatrinho de legumes, sucos malucos;
- Preparem pratos coloridos, chamativos, componham figuras de animais e carinhas felizes usando os alimentos;
- Convidem os amiguinhos das crianças para as refeições e sirva comidas saudáveis.
Comer pode ser muito divertido e saudável!
* Cristiane Ferreira é formada em Pedagogia pela PUC SP com especialização em Psicopedagogia.
Possui formação em dança criativa, ballet clássico, dança árabe, danças brasileiras, dança contemporânea e dança terapêutica. (www.cristianeferreira.com).
Matéria extraída do site: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=70032:-educacao-alimentar-na-infancia-dicas-para-pais-e-professores&catid=47:cat-saude&Itemid=328
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Crédito da foto: eduqueseupaladar.blogspot.com |
Os médicos recomendam que até os seis meses de idade a criança seja amamentada pela mãe. Porém, após esse período, a introdução de novos alimentos e a aquisição de hábitos alimentares saudáveis nem sempre é fácil. Por isso, é necessário que escola e família trabalhem em conjunto para desenvolver um programa de educação alimentar para bebês e crianças pequenas.
Para a educação alimentar ser eficiente, não se deve falar de comida apenas no momento das refeições. Essa conversa deve fazer parte da rotina da criança, em casa e na escola.
Nas escolas de educação infantil, os itens que compõem o cardápio são selecionados por nutricionistas e o preparo dos alimentos deve ser realizado por equipe especializada, dentro de cozinha adequada para esse fim. Professores e berçaristas não participam dessa preparação, mas apenas do momento de servir as refeições, pois é uma atividade pedagógica na qual a criança “aprende” a se alimentar.
Em casa, a alimentação das crianças deve seguir orientação de pediatra ou nutricionista e ser preparada observando-se os cuidados com a higiene.
A estimulação do paladar começa ainda bebê e, a introdução de alimentos mais sólidos, deve ser feita de forma gradual. Isso é geralmente acompanhado por médicos e nutricionistas, que são os profissionais mais preparados para essa tarefa.
Variedade de alimentos também é importante, porém, é preciso dar certo tempo para que o bebê se acostume com um alimento antes de introduzir outro. Exemplo: se está sendo servida batata amassada ao bebê, é recomendável que se introduza chuchu amassado somente na semana seguinte, para que o paladar consiga se adaptar e distinguir um alimento de outro.
Os profissionais que trabalham na escola devem sempre observar as recomendações da família e da equipe que também cuida do bebê (pediatras, nutricionistas, equipe pedagógica da escola, etc.). Não é recomendado inserir alimentos novos por conta própria.
Já para as crianças maiores, vale dizer que o momento das refeições não deve, de forma alguma, ser traumatizante.
É sabido que há crianças que têm dificuldades para comer, pois rejeitam tudo e ficam muito tempo sem alimento. Diante de um caso desses, não é recomendado obrigar a criança comer, “forçando” a entrada da colher em sua boca. Isso pode traumatizá-la e fazer com que ela sinta ânsia.
Recusar alimentos pode ser mais do que um “charme” para chamar atenção. Pode ser sintoma de algo mais sério (algumas doenças podem diminuir o apetite). E, mesmo que a criança não coma para chamar a atenção dos adultos, é porque ela está precisando de atenção e é necessário investigar os motivos.
Se a criança tem dificuldade para comer, isso deve ser trabalhado em casa e também na escola. Os pais podem levar esse assunto para os professores abordarem na sala de aula. Quando escola e família têm o mesmo discurso, a criança sente-se mais confiante. Há casos que será necessária a intervenção de profissional especializado (psicólogo, médico, nutricionista), pois a criança não pode ficar sem comer. Deixar uma criança sem se alimentar pode ter consequências graves para sua saúde.
Também não se deve obrigar a criança a comer algum alimento que não goste. Se nós, adultos, temos nossas preferências, por que as crianças também não podem ter?
O momento da refeição deve ser tranquilo. Não é aconselhável alimentar uma criança que está em pé. Ela precisa estar confortavelmente sentada e a hora da refeição deve ser exclusiva. Existem pais que têm o hábito de colocar comida na boca da criança enquanto a mesma brinca. Então, ela sai andando e o adulto fica indo atrás, com o prato na mão. Isso é totalmente inadequado, pois a criança divide a atenção que deveria dar à refeição com outras atividades, além de não desenvolver sua autonomia para comer, uma vez que o adulto é quem está lhe servindo.
Algumas dicas importantes:
- Pais e professores podem programar atividades divertidas com seus filhos/alunos usando frutas e legumes, como um piquenique de frutas, teatrinho de legumes, sucos malucos;
- Preparem pratos coloridos, chamativos, componham figuras de animais e carinhas felizes usando os alimentos;
- Convidem os amiguinhos das crianças para as refeições e sirva comidas saudáveis.
Comer pode ser muito divertido e saudável!
* Cristiane Ferreira é formada em Pedagogia pela PUC SP com especialização em Psicopedagogia.
Possui formação em dança criativa, ballet clássico, dança árabe, danças brasileiras, dança contemporânea e dança terapêutica. (www.cristianeferreira.com).
Matéria extraída do site: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=70032:-educacao-alimentar-na-infancia-dicas-para-pais-e-professores&catid=47:cat-saude&Itemid=328
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